terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Testamento Natural

Testamento Natural

Autor: André Luiz (espírito)

Por muito aspire o homem ao isolamento pertencerá ele à coletividade que lhe plasmou o berço, da qual recebe influência e sobre a qual exerce influência a seu modo.

Alguém pode, sem dúvida, retirar-se da atividade cotidiana com o pretexto de garantir-se contra os erros do mundo, mas enquanto respira no mundo, ainda que o não deseje, prossegue consumindo os recursos dele para viver.

Qualquer pessoa, dessa forma, deixa ao desencarnar, a herança que lhe é própria.

No que se refere às posses materiais, há no mundo testamentos privados, públicos, conjuntivos, nuncupativos, entretanto, as leis divinas escrituram igualmente aqueles de que as leis humanas não cogitam, os testamentos naturais que o espírito reencarnado lega aos seus contemporâneos através dos exemplos. Aliás, é preciso recordar que não se sabe, a rigor, de nenhum testamento dos miliardários do passado que ficasse no respeito e na memória do povo, enquanto que determinados gestos de criaturas desconsideradas em seu tempo são religiosamente guardados na lembrança comum.

Apesar do caráter semilendário que lhes marcam as personalidades, vale anotar que ninguém sabe onde teriam ido os tesouros de Creso, o rei, ao passo que as fábulas de Esopo, o escravo, são relidas até hoje, com encantamento e interesse, quase trinta séculos depois de ideadas.

A terra que mudou de dono várias vezes não é conhecida pelos inventários que lhe assinalaram a partilha e sim pelas searas que produz.

Ninguém pode esquecer, notadamente o espírita, que, pela morte do corpo, toda criatura deixa a herança do que fez na coletividade em que viveu, herança que, em algumas circunstâncias, se expressa por amargas obsessões e débitos constringentes para o futuro.

Viva cada um, de tal maneira que os dias porvindouros lhe bendigam a passagem.

Queira ou não queira, cada criatura reencarnada, nasceu entre dois corações que se encontram por sua vez ligados à certa família – família que é célula da comunidade.

Cada um de nós responde, mecanicamente, pelo que fez à Humanidade na pessoa dos outros.

Melhoremos tudo aquilo que possamos melhorar em nós e fora de nós.

Nosso testamento fica sempre e sempre que o mal lhe orienta os caracteres é imperioso recomeçar o trabalho a fim de corrigi-lo.

Ninguém procure sonegar a realidade, dizendo que os homens são como as areias da praia, uniformes e impessoais, agitados pelo vento do destino.

A comunidade existe sempre e a pessoa humana é uma consciência atuante dentro dela.

Até Jesus obedeceu a semelhante dispositivo da vida.

Espírito identificado com o Universo, quando no mundo, nasceu na Palestina e na Palestina teve a pátria de onde nos legou o Evangelho por Testamento Divino.

Psicografia de Chico Xavier.

Livre-Arbítrio e Providência

Livre-Arbítrio e Providência

Autor: Léon Denis

Um dos problemas que mais preocuparam os filósofos e os teólogos é o do livre arbítrio: conciliar a vontade e a liberdade do homem com o fatalismo das leis naturais e com a vontade divina, parecia tanto mais difícil quanto um cego acaso parecia pesar, aos olhos de muitos, sobre o destino humano. O ensinamento dos espíritos esclareceu o problema: a fatalidade aparente que semeia de males o caminho da vida, não é mais que a conseqüência lógica do nosso passado, um efeito que se refere a uma causa, é o cumprimento do destino por nós mesmos aceito antes de renascer, e que nossos guias espirituais nos sugerem para nosso bem e nossa elevação.



Nas camadas inferiores da criação, o ser não tem ainda consciência; apenas a fatalidade do instinto o impele, e não é senão nos tipos superiores da animalidade que surgem, timidamente, os primeiros sintomas das faculdades humanas. A alma, jungida ao ciclo humano, desperta para a liberdade moral, o juízo e a consciência desenvolvem-se cada vez mais no curso de sua imensa parábola: colocada entre o bem e o mal, ela faz o confronto e escolhe livremente, tornada sábia pelas quedas e pela dor; e na prova, sua experiência forma-se e sua força mental se afirma.



A alma humana, livre e consciente, não pode mais recair na vida inferior: suas encarnações sucedem-se na dos mundos, até que, ao fim de seu longo trabalho, tenha conquistado a sabedoria, a ciência e o amor, cuja posse a emancipará para sempre das encarnações e da morte, abrindo-lhe a porta da vida celeste.



A alma alcança seus destinos, prepara suas alegrias ou dores, exercendo sua liberdade, porém, no curso de sua jornada, na prova amarga e na ardente luta das paixões, a ajuda superior não lhe será negada e, se ela mesma não a afasta, por parecer indigna dela, quando a vontade se afirma para retomar o caminho do bem, o bom caminho, a providência intervém e propicia-lhe ajuda e apoio, Providência é o espírito superior, o anjo que vigia na desventura, o Consolador invisível cujas inspirações aquecem o coração enregelado pelo desespero, cujos fluidos vivificadores fortalecem o peregrino cansado; providência é o farol aceso na noite para salvação daqueles que erram no oceano proceloso da existência; providência é, ainda e sobretudo, o amor divino que se derrama sobre suas criaturas. E quanta solicitude, quanta previdência neste amor. Não suspendeu os mundos no espaço, acendeu os sois, formou os continentes, os mares, para servir de teatro à alma, de campo aos seus progressos? Esta grande obra de criação cumpre-se somente para a alma, para ela combinam-se as forças naturais, os mundos deixam as nebulosas.



A alma é nascida para o bem, mas para que ela possa apreciá-lo na justa medida, para que possa conhecer-lhe todo o valor, deve conquistá-lo desenvolvendo livremente as próprias potencialidades: a liberdade de ação e a responsabilidade aumentam com sua elevação, pois quanto mais ela se ilumina mais pode e deve conformar a sua obra pessoal às leis que regem o universo.



A liberdade do ser é exercida, pois, em um círculo limitado, parte pelas exigências da lei natural que não sobre violações ou desordens neste mundo, parte pelo passado do próprio ser, cujas conseqüências se refletem sobre ele através dos tempos, até a completa reparação.



Assim o exercício da liberdade humana não pode obstar, em caso algum, a execução do plano divino, sem o que a ordem das coisas seria continuamente perturbada: acima de nossas vistas limitadas e variáveis, permanece e continua a ordem imutável do universo. Somos quase sempre maus juizes daquilo que é nosso verdadeiro bem; se a ordem natural das coisas devesse dobrar-se aos nossos desejos, que espantosas perturbações não resultariam disto?



A primeira coisa que o homem faria, se possuísse liberdade absoluta, seria afastar de si todas as causas de sofrimento, e assegurar para si uma vida plena de felicidade: ora, se existem males que a inteligência humana tem o dever e os meios de conjurar e destruir, como os que provêm do ambiente terrestre, outros existem que são inerentes à nossa natureza, como os vícios, que somente a dor e a repressão podem domar.



Neste caso a dor torna-se uma escola, ou antes, um remédio indispensável, pelo qual as provas são apenas uma repartição equânime da infalível justiça: é por ignorar os fins desejados por Deus, que nos tornamos rebeldes à ordem do mundo e às suas leis, e se elas são suscetíveis de nossas críticas, é apenas porque ignoramos o seu oculto poder.



O destino é conseqüência de nossos atos e de nossas livres resoluções: no suceder-se das existências, na vida espiritual, mais esclarecidos sobre nossas imperfeições e preocupações com os meios de eliminá-las, aceitamos a vida material sob a forma e nas condições que nos parecem adequadas a atingir esta finalidade. Os fenômenos do hipnotismo e da sugestão mental explicam-nos o que acontece em tais casos, sob a influência de nossos protetores espirituais; no estado de sonambulismo, a alma empenha-se a realizar uma certa ação em certo momento, por sugestão do magnetizador, e, despertada, sem recordar aparentemente a promessa, executa com exatidão o ato imposto. Assim o homem não conserva lembrança das resoluções que tomou antes de renascer, mas, chegada a hora, afronta os acontecimentos previstos, e participa deles na medida necessária ao seu progresso, ou ao cumprimento da lei inexorável.

sábado, 15 de janeiro de 2011

ATENÇÃO SERGIPANOS!!!!!! CAMPANHA AJUDA RIO....REGIÃO SERRANA!

ATENÇÃO SERGIPANOS!!!!!!
CAMPANHA AJUDA RIO....REGIÃO SERRANA!
Saiba como ajudar as vítimas da chuva no RJ

Reunião
...
Ainda de acordo com o major, a Defesa Civil de Sergipe já iniciou um planejamento e manteve contato com a Defesa Civil do Rio de Janeiro, para definir que tipo de ajuda será enviada às vítimas da chuva. Uma reunião foi realizada na manhã desta sexta-feira, 14, na capital e ficou definido, de acordo com orientação do Rio de Janeiro, que inicialmente os sergipanos deverão doar fraldas descartáveis e colchonetes.
Vários parceiros estão envolvidos nesta campanha e a população de Aracaju e do interior do Estado poderão fazer a sua parte e enviar inicialmente esses materiais que foram solicitados. Manteremos contato permanente com a Defesa Civil do Rio e assim que novas solicitações sejam feitas, informaremos a população de Sergipe", disse o major Gilfran Mateus.

PONTOS DE ENTREGA DE DOAÇÕES!
* Vale ressaltar que no momento a necessidade é por fraldas descartáveis e colchonetes.

EM ARACAJU.

ASES

Rua Campos, 496, São José.


CDL

Rua Santa Luzia, 571, São José.


Colégio Arquidiocesano

Rua Dom José Thomaz, 194, São José.


Mesa Brasil - SESC

Rua Dom José Thomaz, 235, São José.

ACESE

Rua José do Prado Franco, 557, Centro.

NO INTERIOR
Nossa Senhora da Glória

CDL
Caixa Econômica Federal
FM Boca da Mata
Portal "Sou de Glória"

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Quem me responde?


Quem me responde?
Será possível?
"Tudo é possível" (Lucas 18:27)
E se eu me cansar?
"Eu te darei o repouso" (Mateus 11:28-30)
Quem me ama?
"Eu te amo" (João 3:16 & João 13:34)
Terei condições?
“Minha graça é suficiente” (II. Corintos 12:9)
Que saída eu tenho?
"Eu guiarei teus passos" (Provérbios 3:5-6)
Será que posso fazer?
"Você pode fazer tudo" (Filipenses 4:13)
Como me livrarei da angustia?
"Eu te livrarei da angustia" (Salmos 90:15)
Será que valerá a pena?
"Tudo vale à pena" (Romanos 8:28)
Quem me perdoará?
"Eu te perdôo" (I Epistola de São João 1:9 & Romanos 8:1)
Será que conseguirei?
"Eu suprirei todas as suas necessidades" (Filipenses 4:19)
Por que tenho medo?
"Eu não te dei um espírito de medo" (II. Timóteo 1:7)
Por que tudo me frustra e preocupa?
"Confiai-me todas as suas preocupações" (I Pedro 5:7)
Como mostrarei o meu talento?
"Eu te dou sabedoria" (I Corintos 1:30)
Por que tenho pouca fé?
"Eu dei a cada um, uma medida de fé" (Romanos 12:3)
Estou só...
"Eu nunca te deixarei nem desampararei" (Hebreus 13:5)
Quem me responde?
“Eu sou aquele que esteve contigo na sua chegada e
que estará contigo na tua partida”.
12/01/2011
SBernardelli
Publicado no Recanto das Letras em 13/01/2011

domingo, 9 de janeiro de 2011

Ficar por Último



Se você precisar de descanso ,
não descanse muito mais que o necessário,
Porque ferro parado enferruja, água estagnada apodrece...
E além disso, talvez, mais tarde, falte tempo para terminar
a tarefa da existência.... E é trágico demais morrer inacabado.

Se você for alegre e feliz,
não ria alto demais, para que a sua gargalhada não
vá tornar mais doloroso o gemido de alguém na casa ao lado.

Se, nas dores, você soluçar,
faça-o baixinho, bem no fundo, bem lá dentro,
para não apagar algum sorriso no semblante de alguém,
no andar de cima.

Se você escorregar na estrada da existência e
ate mesmo cair mais de uma vez,
não fique deitado no solo, clamando o destino,
porque lhe falta muito caminho por andar e, além disso,
você só vai atrapalhar a passagem dos outros
que podem tropeçar no seu corpo caído...
E se e triste cair, muito mais triste ainda é
levarmos alguém na nossa queda.

Se, algum dia, talvez, você perder a linha e
der vazão ao grito, a cólera, a revolta, com ganas de
quebrar o mundo ao seu redor, não arrebente tudo,
porque atrás de você, vem muita gente ainda
que deseja encontrar o mundo inteiro e belo.

Se você encontrar a semente ou
a muda do raro arbusto da FELICIDADE,
não vá plantá-lo em seu quintal todo cercado,
mas sim ao lado de um caminho freqüentado para que
muitos possam descansar à sua sombra e
comer seus frutos sem pagar.

Mas se encontrar apenas o caminho que
leva a esta árvore bendita,
não vá por ele sozinho: fique alerta e de pé,
a entrada dele, com um braço estendido assim...
como uma flecha, dizendo:
FELICIDADE, AMIGO?...VENHA POR AQUI!

Não se incomode de ficar por último
porque todo o que passar a sua frente vai dizer:
"Obrigado" e dar-lhe um bom sorriso.
E quando, enfim, você chegar,
depois de todo condecorado,
iluminado de sorrisos recebidos,
verá que os outros estarão à sua espera para que
você entre primeiro.

HÉLDER SALVADOR DE LIMA
Do livro: UMA ROSA ME DISSE